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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Mundo é pequeno.

O Mundo é uma ervilha e todos os dias temos provas disso. Este que conhece aquele, que afinal é amigo do outro, que por sua vez ainda é parente não sei de quem, que nos conhece também mas já não nos vê há muito tempo... uma confusão. Qualquer dia temos de ir para Marte, para começar um novo mundo. Eu candidato-me. Desde que não me falte o oxigénio, estou lá.
Esta história do "diz que disse" de fulano, sicrano e beltrano, põe-me nervosa. Até quando queremos ignorar as coisas, assuntos e pessoas, tudo nos vem parar às mãos. É uma sociedade com pobreza de espírito de facto.
Como será este "diz que disse" com os marcianos? Bem, mais que não seja porque somos diferentes (achamos nós) e não nos fazemos entender mutuamente, a comunicação não deve ser tão fluida.
Pensem nisso e já agora, antes de proliferarem qualquer notícia na sociedade da ervilha, pensem no quanto a ervilha é pequena e está a ficar podre.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tu és ...

Olhar penetrante e sorriso luminoso. És tu.
Gargalhada fácil e estridente. É tua.
Sempre presente. É como tu estás.
Rodeado de gente alegre e bem disposta. É desta maneira que permaneces grande parte do tempo.
Tu és assim, estejas onde estiveres.
Existes de verdade.
E eu gosto de ti assim!

sábado, 15 de janeiro de 2011

O destino no outro lado da rua.

Nem sempre olhamos para o lado certo da rua. Temos uma avenida inteira para nos perdermos e vamos directos ao que é proibitivo. Porquê? O quê ou quem estava afinal naquele lado da rua, que me chamou a atenção? Que me fez olhar e ficar presa? O destino gosta de nos testar e quando nos apanha a caminhar distraídos prega-nos destas partidas. "Ai é.... estás tão segura de ti, então aqui vai. Agora orienta-te que eu quero ver como é que te vais safar desta...".
E tinha sido tão fácil evitar tudo isto. Bastava naquele dia ter olhado em frente com atenção, ao invés de me distrair com o que se estava a passar ao lado.
O problema é que não sei comunicar com o destino. Ele nisso é muito melhor que eu. Parece que me desafia, mas que me entende. Já eu, não sei fazer nada disso. Fico a remoer nos porquês da esparrela e não chego a conclusão alguma. Se ao menos ele se fizesse ouvir...talvez fosse capaz de o perceber e até de o ajudar a ajudar-me.
"Todos temos de passar por isto minha querida...faz parte do crescimento, da aprendizagem, da maturidade...daqui a um tempo vais aliás agradecer-me e chegar à conclusão que quando te fiz olhar para a direita, foi porque isso ia ser bom para ti. Agora não entendes, mas vais lá chegar".
A mim... resta-me esperar e perceber. Os porquês estão lá....eu é que não os estou a ver e continuo a não conseguir ouvir o Senhor Destino.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Dia-a-Dia robótico

É todos os dias a mesma coisa: acordar ao som do alarme do telemóvel, banho, pequeno-almoço em pé e a correr, sair de casa com mochila, PC, carteira, lancheira, raquete de ténis (quando é dia), saco de ginásio e mais qualquer coisa que no elevador acaba por cair ao chão, porque as mãos não levam mais e até a luz do prédio já acendemos com o cotovelo.
Depois o resto do que é costume: escola (como se de um depósito de crianças se tratasse), trabalho...e o regresso, sabe-se lá a que horas.
Pelo meio fica a logística do dia-a-dia, ficam os pequenos conflitos e problemas, os assuntos pendentes, os telefonemas, sms's, e-mails, reuniões, alertas, conversas paralelas, pequenas e grandes decisões.....
À noite, voltamos às tarefas repetitivas, desta vez em sentido contrário, com um tempinho pelo meio para jantar e quem sabe ver as notícias do dia (só os destaques porque não há tempo para tudo), pensar e preparar o dia seguinte para que de manhã não haja atrasos e...finalmente...dormir (já agora à pressa, porque também para isso não há muita disponibilidade).
Entretanto contamos um, dois, três, quatro cinco e pronto: a semana acabou. Mais uma vez não demos pelo tempo passar, metade do que queríamos e tínhamos planeado não conseguimos fazer e ficamos frustrados connosco próprios.
A cada dia que passa somos cada vez mais uns robots animados, que usam e abusam dos movimentos repetitivos e tarefeiros, uns quem sabe com algum objectivo mas, na maioria, só com o instinto de sobrevivência diário - este sim comum a todos.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Perder.


Saber perder ou pelo menos não ganhar é uma forma de saber viver.
A perda, qualquer que seja, é sempre dolorosa...muito intensa, suportável ou menor.
Hoje sinto que perdi, ou que pelo menos que não ganhei. Ainda!
Por vezes a sensação de perda passa apenas por algo que não chegamos a conseguir, apesar do querer, do esforço que exigiu ou não de nós, do empenho e dedicação que tivemos, da vontade.
Dizem por aí que é tudo uma questão de acreditar. Não sei. Acho que só acreditar não basta. Mas seria adorável que acreditar nas coisas, com toda a força do mundo, fosse o suficiente para chegar a qualquer lado. Era bem mais fácil.
Espero que seja uma perda temporária e que se apague com o andar do relógio. O tempo é de facto uma arma contra a dor e a perda, seja ela qual fôr e tenha qualquer dimensão.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Coragem ou talvez não.


Alguém é capaz de definir a palavra coragem? E quem é que é afinal corajoso?
E quem o é? Diz ao Mundo ou opta pelo silêncio?
Coragem é uma palavra que revela firmeza de espírito, atitude perante o risco, ânimo na forma de encarar a vida, frontalidade nos actos e palavras, mesmo que isso signifique não seguir o que é politicamente correcto. A coragem é apenas para alguns e é um dom inato em poucos. Nem sempre quem é corajoso é bem sucedido. Nem sempre quem é alvo da coragem do outro gosta de o ser.
É um sentimento, atitude, comportamento, no mínimo estranho. A quem é que nunca aconteceu ouvir uma destas frases feitas:
- Vá coragem! Isso vai passar.
- Foste muito corajoso. Eu no teu lugar não teria feito ou dito tal coisa.
- Aquilo foi um acto de coragem. Numa situação de risco, é preciso ter sangue frio.
Enfim. Ter coragem é uma forma livre de estar na vida. De ser desprendido, mas definitivamente de tentar ser feliz.