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sábado, 30 de outubro de 2010

O Outono.


Para a pintura, para a escrita ou para outra qualquer disciplina, cada um terá um talento muito próprio.
E isso nasce connosco, apesar de ser algo que depois podemos ou não fazer crescer.
Neste Outono, a pessoa mais especial que conheço, deu os seus primeiros passos na escrita criativa, revelando o que um ser, com apenas 7 anos de idade, pode ser capaz criar, a partir da sua imaginação. Aqui fica o que me impressionou:
"O Outono já chegou. As frutas do Outono são as : as romãs, as pêras e as castanhas. No Outono, os pássaros vão para países mais quentes e as folhas caem. Começam as vindimas. Gosto muito de saltar para cima dos montes de folhas! As primeiras chuvas caem também no Outono. Eu gosto do Outono."
E eu gosto muito de ti!

domingo, 24 de outubro de 2010

A Vila.


Este é um sítio muito especial. Um daqueles que vem nos livros mais enigmáticos da nossa adolescência mas que, apesar do tempo, mantem ainda traços que nos transportam para cenários bucólicos, descritos por escritores e desenhados por pintores do SEC. XIX.
Quando olhamos à volta vemos ainda as árvores centenárias, os palácios, as quintas e as casas apalaçadas, os cafézinhos de ambiente intimista e romântico, as estradas estreitas e sombrias devido à intensidade da serra e do arvoredo...
À noite, com a lua cheia a espeitar por entre as folhas do choupos, que se agitam com os primeiros ventos do Outono ou, de dia, com o Sol a reflectir nas paredes coloridas dos edifícios, a vila transporta-nos para um outro tempo - um tempo que só lemos nos livros, um tempo que nos recorda um passeio romântico de charrete, um tempo que nos faz lembrar o aroma da terra molhada e dos bolos quentes a sair do forno.
Cada vez que volto à vila sinto vontade de reler " Os Maias", de explorar a vida dos Druidas, de saber mais sobre os subterrâneos do Monte da Lua, de me perder nos jardins da Pena e no fim...deliciar-me com as castanhas quentas, apregoadas pelos assadores junto aos cafés Paris e Central.
Há sítios que nos ficam na memória para sempre, tal como eram no seu melhor tempo, mesmo que só os tenhamos conhecido nos SEC. XX e XXI.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Um dia quem sabe o que serei...


Um dia quem sabe serei gente. Um dia quem sabe serei grande. Um dia quem sabe serei feliz. Um dia quem sabe, saberei quem sou. Um dia, quem sabe, serei eu mesma a saber sobre tudo e todos.
Na vida de cada um de nós há sempre um dia, ou O DIA. O dia em que conseguimos a sabedoria ambicionada, o dia em que finalmente chegamos ao nosso eu, o momento em que o nosso objectivo de vida é cumprido.
Ainda estou muito longe desse dia, mas acredito que metade do caminho já foi feito e que UM DIA, QUEM SABE, saberei fazer para os outros, profecias com certezas, ao invés de me ficar pelo discurso "Um dia quem sabe isso...." que é aliás um discurso cheio de "SES".
A cada dia damos um pequeno passo para esse grande momento - o momento em que passamos a saber quase tudo. Em cada dia, é dia de aprender e interiorizar algo de novo e que vai contribuir para um conhecimento cada vez maior.
Um dia quem sabe serei e saberei tudo aquilo que quero. Hoje sou, com certeza, parte do que sonhei. Mas hoje sei, que um dia, serei de facto o resultado do que sempre quis ser. Hoje já não digo "quem sabe se..." porque acredito saber o que poderei ser."HOJE SEI QUE" porque matei o "UM DIA QUEM SABE". Hoje sei SER, mesmo que esteja a meio do percurso, o que me faz acreditar, que no final, SEREI DE VERDADE.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Gente que passa


Há pessoas que passam na nossa vida e que têm um papel tão importante que nunca mais as esquecemos. Independentemente das circunstâncias...melhores, piores, felizes, apaixonantes, desesperantes...
Outras aparecem do nada e desaparecem da mesma maneira, sem deixar rasto ou sequer mazela.
Terão todas um papel? Ou as tais que passam sem marcar, são apenas pessoas com quem nos cruzámos, sem um porquê específico?!
Acredito que não.
É de facto uma questão de papel social apenas e todos, com todos e com cada um, temos o nosso próprio papel ou missão.
Há gente muito pouco marcante! Ou porque é por si mesma apagada, ou porque, quando se cruza connosco, pura e simplesmente não nos faz vibrar.
Mas, gente que é gente a sério deixa marcas - boas ou más, mas fica cá para sempre.E é tão fácil, quando olhamos para trás, ver quem teve esse papel na nossa vida. O mais espantoso é que não é preciso chegar à velhice para ter a sabedoria e o tempo para o fazer. Mesmo agora, consigo distrinçar cada ser humano com quem me cruzei e que me marcou ou não. Posso não conseguir perceber o porquê e qual foi afinal o seu papel - mais ou menos activo - mas sei, na perfeição, dizerm quem foi quem e qual a importância que teve.
A verdade é que mais ou menos marcante, todos acabamos por ser uma passagem para com os outros. Por isso, devemos aproveitar o momento, porque mesmo que seja curto e menos intenso, vai deixar algum rasto algures e junto de alguém.