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domingo, 24 de outubro de 2010

A Vila.


Este é um sítio muito especial. Um daqueles que vem nos livros mais enigmáticos da nossa adolescência mas que, apesar do tempo, mantem ainda traços que nos transportam para cenários bucólicos, descritos por escritores e desenhados por pintores do SEC. XIX.
Quando olhamos à volta vemos ainda as árvores centenárias, os palácios, as quintas e as casas apalaçadas, os cafézinhos de ambiente intimista e romântico, as estradas estreitas e sombrias devido à intensidade da serra e do arvoredo...
À noite, com a lua cheia a espeitar por entre as folhas do choupos, que se agitam com os primeiros ventos do Outono ou, de dia, com o Sol a reflectir nas paredes coloridas dos edifícios, a vila transporta-nos para um outro tempo - um tempo que só lemos nos livros, um tempo que nos recorda um passeio romântico de charrete, um tempo que nos faz lembrar o aroma da terra molhada e dos bolos quentes a sair do forno.
Cada vez que volto à vila sinto vontade de reler " Os Maias", de explorar a vida dos Druidas, de saber mais sobre os subterrâneos do Monte da Lua, de me perder nos jardins da Pena e no fim...deliciar-me com as castanhas quentas, apregoadas pelos assadores junto aos cafés Paris e Central.
Há sítios que nos ficam na memória para sempre, tal como eram no seu melhor tempo, mesmo que só os tenhamos conhecido nos SEC. XX e XXI.

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