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domingo, 29 de junho de 2014

Quando tudo parecia estar no mau caminho....

No outro dia alguém, num grupo em que estava inserida, disse algo como "por vezes não perdemos coisas ou pessoas, mas livramo-nos delas".
Na altura não me fez muito sentido e até achei que era um estado de alma demasiado radical. Nem comentei, porque a conversa não era comigo e nestas coisas, acho melhor ficar de ouvinte.
Dias depois acabei por contar a uma amiga sobre o que tinha ouvido e entendi - na verdade, quando perdemos ou nos afastamos de algo ou alguém, por alguma razão que não é clara ou que não nos parece aceitável, sentimos dor. Dor de perda, dor de adaptação à mudança, dor de solidão. Dor. Não sabemos sequer identificar. Só sentimos o aperto no peito e a ângustia.
O tempo acaba por nos mostrar que, a dor da perda foi sempre menor, do que a dor futura, se não tivessemos passado pela dita perda.
E isto faz pensar? Faz!! Será que nos temos de convencer que, quando somos sujeitos a processos dolorosos de mudança, devemos encarar que essa mudança será sempre para melhor....mesmo que nos custe o sangue naquele momento?!
Será que é aqui que se aplica o ditado "Deus tira com uma mão e dá com a outra?" Ou aquele que diz que "quando se fecha uma porta, é porque se abre uma janela?!".
Não há resposta ou respostas para isto! Mas o tempo diz-nos que sim. Que é assim! Que tudo tem uma razão de ser e que, para certas coisas boas acontecerem, outras, menos positivas, têm de ocorrer. Só assim daremos o devido valor ao que perdemos e ao que acabámos de ganhar (mesmo que o que acabámos de ganhar, seja aquilo que havia sido perdido, mas que surge como uma nova oportunidade).