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domingo, 28 de novembro de 2010

Querido Pai Natal


Há muitos anos que não escrevo uma carta ao Pai Natal! Mas este, não resisti. Por isso aqui vai:
"Querido Pai Natal,
Este ano portei-me bem mais uma vez. Acho até que me portei melhor que noutros anos. Vivi de forma mais consciente e sincera - sem mentiras e omissões, usando de toda a minha frontalidade e presença de espírito e com mais sentido de humor. Até me tornei uma pessoa mais paciente (lembra-te que quando nasci, a paciência estava esgotada devido ao 25 de Abril - que tinha acontecido há meia dúzia de meses - e daí este meu handicap).
Por isso, este Natal vou querer, debaixo da minha árvora, vários embrulhos coloridos. Em cada um dos presentes gostaria que deixasses um dos "brinquedos" da minha lista de desejos:
- muita paz de espírito, uma caixa grande cheia de saúde, doses extra de paciência (ando a treinar, mas ainda preciso de uma ajuda mágica), capacidade para sorrir todos os dias, força para viver tudo ao máximo e ultrapassar os obstáculos que, diariamente, vou encontrando... Queria ainda que te lembrasses de mim quando estiveres a embrulhar "a capacidade de amar"... que entretanto ficou pelo caminho e que também não voltei a encontrar.
Não vou pedir dinheiro. Já sei que me vais dizer que isso todos querem e que não ias ter para tanta gente. Mas deixa ...nessa parte eu cá me arranjarei.
Ah! E não batas à porta quando chegares, nem faças muito barulho na chaminé. Sabes ... sempre gostei de surpresas. Podes deixar tudo debaixo da árvore iluminada. No dia 25, logo cedo, quando for buscar as Barbies, os Nenucos e os jogos para a Playstation, prometo que vou ter todo o cuidado do mundo com os outros presentes. Fica descansado. Sei que são frágeis e que podem partir outra vez e isso, eu não quero que aconteça.
Obrigada Pai Natal.”

domingo, 21 de novembro de 2010

Lá longe.


Estás tão longe e ao mesmo tempo tão perto, que podes surgir do outro lado a qualquer momento. Tão longe e até tão "distante daqui", de mim, de todos os que cá estão.
Consigo imaginar o que estás a fazer neste momento e até com quem estarás. Mas não consigo aproximar-me.... aqui não há telefone, e-mail, sms, chat ou outra forma de contacto que ajude. Ou se está ou não se está de facto.
Por vezes pergunto a mim mesma se não deveria ignorar esta distância e de uma vez por todas seguir em frente. Queira o "em frente" significar neste contexto, ignorar a distância ou deitar para trás das costas o que sinto.
A distância físico-geográfica é dolorosa, mas a espiritual acaba por ser a que mais se entranha em cada um de nós, quando sentimos falta de algo ou alguém.
Por muito que queiramos e achemos que é possível, não controlamos completamente o que pensamos e sentimos. Tentamos sim. Mas nem sempre conseguimos.
Para o bem e para o mal, o estar longe da vista, pode não significar estar também distante do coração. Ajuda...mas não resolve todas as nossas faltas. E a minha, continua aqui.

domingo, 14 de novembro de 2010

Pensamento ou sonho?!


Não vos acontece sentirem que têm de deixar de pensar em algo ou alguém e não serem capazes?! Sentirem-se sufocados e invadidos durante o dia e adormecerem sem conseguir deixar para trás o que vos atormenta?
E por muito que seja até algo delicioso, só o facto de nos invadir diariamente, faz-nos ter consciência que devemos esquecer, evitar, fugir...
Muitas vezes, o que ocupa conscientemente o nosso subconsciente é tão utópico, fruto de um sonho, algo que desejamos muito que aconteça mas que sabemos que é impossível, ou tão difícil que se torna pouco provável...
Depois, ficamos indecisos se afinal, por ser um sonho, devemos ou não alimentar e tentar correr atrás - dizem por aí que o sonho comanda a vida e enquanto sonho, por muito cor-de-rosa que seja, pode ser sempre uma fonte de energia, de novos caminhos, de um futuro diferente de tudo o que conhecemos e que acreditamos nos vai fazer melhores e mais felizes.
Por isso, prefiro continuar a viver num castelo de nuvens e a alimentar sonhos. Acredito que quando sonhamos e desejamos algo com muita força, estamos a ajudar a vida a transferir os nossos sonhos e pensamentos, para o patamar da realidade.