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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Quando o Verão acaba.


É sempre difícil chegar ao fim, ainda que esse fim seja o do Verão e do bom tempo. Em crianças porque isso representa também o final das férias grandes e o regresso à escola, apesar da ansiedade para revermos os velhos amigos. Sobretudo, deixamos para trás as amizades de praia, as férias em família, o dia-a-dia sem regras... enfim, uma vida muito folgada.
Na adolescência o fim das férias de Verão faz-nos abdicar dos enormes grupos de amigos e conhecidos, que nos acompanham, de dia na praia e à noite, nos melhores spots nocturnos. Por vezes, com o sol e o mar, deixamos também para trás aquele amor de Verão, que nunca sabemos se, no ano seguinte, ainda estará disponível, se é que na pior das hipóteses não se irá apagar com o Inverno.
Em adultos e apesar da consciência sobre os nossos limites e a durabilidade das coisas boas, o fim não é mais fácil. Afinal vão começar os dias mais curtos e menos luminosos, fazemos a reentrada a 100% no trabalho, no ginásio, nos estudos e formações, nas actividades lúdicas e desportivas dos filhos … e ao mesmo tempo entramos em contagem decrescente para o Natal, para a azáfama dos presentes, sempre a pensar que entretanto talvez consigamos tirar umas mini férias, não com o Sol e o bom tempo do Verão, mas pelo menos com alguma boa vida. Planeamos as férias de neve e golfe para quem gosta, pensamos que talvez possamos ir para fora cá dentro – sempre é melhor que nada - e até sonhamos com uns dias diferentes, num destino tropical, onde o Verão nunca acaba na verdade.

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