
Há momentos em que "parece que o mundo inteiro se uniu para nos tramar". É uma frase duma música do compositor Rui Veloso, mas que identifica tantos momentos da nossa vida. Parece que as estrelas foram todas de férias e que já não estão no seu pedestal para iluminar o caminho de quem cá está. É como se nos colocassem num espaço fechado, nos apagassem a luz e nos pedissem de seguida para encontrar alguma coisa. Impossível!
A cada dia surge mais uma dificuldade, a cada momento temos mais uma "gaveta" da nossa vida para "arrumar e fechar", a cada semana que passa sentimos que uma vez mais foi difícil e torcemos em segredo para a seguinte seja mais leve.
Os astros devem ter uma explicação para estes momentos de correntes fortes, em que nos sentimos a remar contra uma maré tempestiva, que nos quer ensinar a nadar na perfeição, mas que antes não se cansa de nos pôr à prova, de testar os nossos limites.
O lema é não desistir, respirar fundo e flutuar, sempre a olhar para o céu, até que a nossa estrelinha da sorte volte a iluminar o caminho. Nessa altura, a tempestade vai amainar, o mar acalma e nós, com luz, chegamos lá.