Sim. É verdade. Brincar com fogo faz com que nos queimemos quase sempre, ou sempre, ou muitas vezes. O pior é que, mesmo que saibamos que faz mal, a cor apela, o risco chama-nos, o calor puxa-nos para perto das labaredas.
Na vida, o fogo tem o mesmo papel. Tem perigo, tem apelo, tem cor, tem calor, tem, aparentemente, tudo de bom. Só quando lá entramos e, nem sempre no imediato, sentimos a dor que nos faz querer sair. Sair?! Mas ainda há tempo de sair?!
Por vezes parece que sim! Há tempo de fuga. Só que muitas vezes, não somos suficientemente ágeis, porque ainda estamos inebriados pelo chamamento inicial.
Os mais velhos dizem que as queimaduras fazem parte. Que ficarmos chamuscados é uma forma de aprendizagem, que nos faz evitar as chamas, na próxima labareda que encontrarmos.
Até pode ser verdade. Mas facto é que, mesmo perante a mesma labareda, somos tentados uma, duas, três e mais vezes. Ficamos de todas elas chamuscados e só, alguns, seremos capazes de evitar a queimadura mais grave e que nos deixará marcas profundas.
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