Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Aos meus avós


Existem pessoas que passam nas nossas vidas e que, mesmo depois de partirem, continuam a estar junto de nós - na nossa memória recente. Homens e Mulheres que, por uma ou outra razão, por vários motivos, por todos os motivos, deixam as suas marcas nos que ainda ficam, independentemente da idade, cor, raça, condição social...
Não temos, na maioria das vezes, a noção do que vamos conseguir guardar. Alguns de nós memorizam as histórias bem humoradas tão próprias daquela pessoa, outros não se esquecem do timbre de voz, das mãos, do sorriso, do cabelo, do olhar...
Mas quase todos escolhemos ficar com numa imagem positiva desse ser humano tão importante, ao invés de nos lembrarmos dos últimos momentos, regra geral mais dolorosos.
Eu faço parte deste grupo. Dos que preferem apagar os piores momentos e guardar daquela pessoa, tudo o que teve de bom antes de morrer. Recordo o que me deram, o que receberam de mim, o que me ensinaram, o quanto foram importantes para o meu crescimento como SER HUMANO. Prefiro lembrar o sorriso, a alegria de viver e de estar com os outros, a forma mais rígida de uns ou mais desprendida de estar na vida de outros, mas sobretudo, não me esqueço do amor que qualquer um deles tinha por mim.

1 comentário:

  1. Partilho desse sentimento pelos meus avós. Tenho muitas saudades da minha avó Rosa, com os seus belos olhos azuis e cabelo branco como a neve e com um olhar ternurento. Somos 7 netos, infelizmente um dos nossos partiu mais cedo do que devia desta vida, mas está no meu coração e na nossa lembrança todos os dias, e entre todos nós nunca houve disputa de atenção pela avó Rosa porque ela sempre tratou-nos a todos com o mesmo carinho e dedicação. Orgulho-me da mulher que foi e dos valores que me deixou em criança que hoje fazem parte de mim. Obrigado avó Rosa...
    Não posso deixar de falar da minha Avó Maria e Avô Manel (maternos)que me deram muito carinho também... O meu avô com a sua bengala e o seu andar vagaroso(rendido à doença de Parkison) mas com o seu humor e boa disposição sempre em alta. A minha avó sempre a andar a mil, mas que nos últimos anos de vida conseguiu descansar e desfrutar das suas tardes no Jardim de Santa Catarina a comer uma boa torrada e um bolinho... Muito gulosa por sinal!!!
    Mas sim... os nossos avós fazem e sempre farão parte da nossa vida e ainda bem...

    ResponderEliminar